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Ontem houve novamente greve na CP!
O direito à greve está consagrado na constituição portuguesa e é um direito que todos os trabalhadores têm. Direito ao qual muitos trabalhadores quer se encontrem a trabalhar no setor público ou privado (não será bem assim, mas enfim) utilizam para reivindicarem os seus direitos e fazerem ouvir os seus protestos. A fim de fazerem pressão junto da entidade patronal e atingirem os seus objetivos. Sejam eles aumentos salariais, melhores condições de trabalho ou qualquer outra revindicação.
Pois bem, isto não invalida em nada o meu desagrado, indignação, revolta e mais uma série de asneiras que vagueiam o meu pensamento enquanto escrevo estas palavras.
Estou zangada. E muito! Com uma empresa à qual pago um serviço de transporte, o meu transporte que não é digno nem do valor, nem do meu pagamento. Teria todo o gosto em pagar um serviço se este fosse bem prestado. Se eu como utilizadora deste serviço tenho deveres, que cumpro. Exijo. Repito. Exijo que a CP como prestadora cumpra o serviço ao qual se comprometeu a quando do pagamento do meu passe.
Se não pagar o bilhete ou o passe antes de entrar no comboio, arrisco-me a pagar uma multa quando revisor aparece. Certo?
Ontem, ou melhor dizendo nos últimos meses, não há dia, não há semana, não há mês em que não haja supressão de comboios. Comboios com poucas composições em hora de ponta em linhas com um fluxo elevado de passageiros. Como é o caso da linha de Sintra. São inúmeras as vezes em que temos uma única composição no comboio das 8 da manhã. Mais dia, menos dia arriscam-se a ouvir aquilo que não querem dos utentes.
Ontem mais uma vez, eu tive que acordar demasiado cedo o meu filho, que nada tem a ver com esta greve, para ir para a escola. Para que eu estivesse a tempo e horas no meu local de trabalho, aqui também ela, a minha entidade patronal, que nada têm a ver com esta greve, contasse com o meu trabalho.
Não sou especialista na matéria para dizer se a privatização é o caminho a seguir. Mas sei que, Carlos Nogueira recebeu em outubro de 2017 (há um ano) 16.8 milhões do governo português para a gestão da empresa que dirige. Pergunto para onde foi esse dinheiro. Dinheiro esse, que é de todos nós. Contribuintes quer andem ou não de comboio. Eu, como utente paguei duas vezes! Que casa mal governada esta!!
Não sou contra a greve, também eu já a fiz, sempre trabalhadora do setor privado. Sou sim é contra a má gestão, o mau serviço, mau profissionalismo. E o arrastar de ineficiência, falta de responsabilização e incumprimento de deveres.
Para mim basta!