Férias, dos pais
Pela primeira vez na vida de todos cá em casa, deixamos o nosso piqueno ir de ferias com os tios.
Foi uma semana!! Foi também, a primeira vez que estivemos tanto tempo sem ele.
Custou. Ou melhor, está a custar. E muito. Mas sei que ele está bem entregue. E também sei que ele está bem.
De início tinha pensado: Vou ligar duas a três vezes ao dia. Mas levei um “raspanete” – Calma! O garoto está bem! Ele também precisa de férias dos pais!
Obrigada pela chamada de atenção. Não só tenho que confiar nas pessoas a quem o entreguei, como também tenho de o deixar ter o seu espaço. E não andar sempre atrás e a sufocar. (o meu coração de mãe Galinha, com G grande, sofre a cada desafio de crescimento mutuo).
Então, passei a ligar só uma vez, à noite para que pai e mãe pudessem em conjunto ouvir a voz da sua metade.
O mais engraçado de tudo isto é que ele mal quer falar connosco. Há sempre mil e uma coisas para fazer. O L que o vem buscar para uma brincadeira. Uma caminhada ao fim do dia. Uma exploração até ao rio para ver lagostins…
Claro que a saudade aperta! E não é só para o lado dos pais. Desde há dois dias que no fim de cada telefonema nos diz “Mãe, eu já tenho saudade tuas e do pai.” E é aqui que o sentimento agridoce nos arrebata o coração. É tão bom vê-lo feliz e saber que se está a divertir. Mas saber que ele tem saudades pode ser difícil de gerir. Saber que ele tem saudade nossas custa. Mas custa horrores, saber que o seu coração está apertado.
O que podemos nós fazer a quilómetros de distância para atenuar a angustia do seu coração pequenino?
Transmitir confiança e ver o copo meio cheio. “Faltam poucos dias para voltares.” “Aproveita e diverte-te muito”. Será que assim a vontade de aproveitar os dias que faltam se sobrepõe à saudade? Logo veremos.
Na verdade, filho e pais tentam aproveitar uma semana sem rotinas da melhor maneira.
Os pais têm posto a lista de filmes por ver em dia.
Mas isso fica para um outro post!