Fomos pela primeira vez para fora (literalmente)
Este texto já tem algum tempo, quase um ano, mas só agora vai ver a luz do dia. Isto porque outros textos foram passando à frente. Contudo, e como estamos em época de férias não quis deixar de partilhar convosco uma das melhores experiências da nossa família.
Espero que gostem e boas férias!
"Cá em casa sempre gostamos muito de viajar, e nem com a vinda do nosso filho esse hábito se alterou, felizmente sempre podemos concretizar esta vontade/desejo. Sentimo-nos muito gratos por isso.
Até há data temos feito pequenas viagens de curta duração em avião. Açores e Madeira têm sido os nossos destinos de eleição. São locais calmos, com pouca gente o que nos permite fazer as coisas a um ritmo tranquilo e onde não temos de fazer grandes mudanças quer de horários (não existem fusos horários de maior), e a alimentação mantém-se inalterável.
Mas eis que este ano, com o rapaz já com 6 anitos, resolvemos arriscar! Fomos além-fronteiras, Londres foi o nosso destino. A princípio estávamos um pouco receosos, as diferenças eram algumas. A língua é diferente, a gastronomia é diferente (e de que maneira!), os hábitos são outros, os carros andam noutro sentido!!! Bem, quem conhece e já lá esteve sabe como é. Mas como sempre as crianças são umas caixinhas de surpresas. E que boas surpresas!! Ele estava maravilhado e adaptou-se lindamente!! Uns tempos antes começámos a prepara-lo. Dizíamos que as coisas por lá eram um pouco diferentes, que os carros andavam no sentido contrário ao nosso. A gastronomia também era um pouco diferente, etc. etc. Bem, o garoto mal dormia com tanta excitação a contar os dias e horas que faltavam para a partida. Claro está que na madrugada em que o acordamos não foi necessário chamar duas vezes, saltou da cama como uma mola. Mochilas às costas, malas nas mãos, tudo pronto?! Aqui vamos nós! Como não voamos para um dos aeroportos no meio da cidade, fomos por lowcost, aterramos no interior logo o primeiro impacto foi mais: “Isto é muito calmo!” (Pois, pois, já vais ver!). Quando apanhamos o comboio para a cidade, ficamos logo bem impressionados. Estava limpo, e vendiam comida de uma forma muito semelhante às hospedeiras nos aviões. O garoto adorou. Felizmente o hotel ficava numa zona calma da cidade, logo o choque com a quantidade de pessoas que lá habitam foi gradual. O maior problema relativamente a este ponto (quantidade de pessoas que aquela cidade tem), foi mesmo o momento em que chegamos ao Big Ben, aí é que havia muita, mas mesmo muita gente. Até parecia que a única coisa que existe para ver naquela terra!! Não era muita gente, era uma multidão!! Para onde quer que nos virássemos havia pessoas, para tirar uma fotografia foi o cabo dos trabalhos!! E todos aqueles que por lá andavam tinham um selfiestick. Maldito cabo!! Para além, de termos de nos esgueirar das pessoas ainda tínhamos os cabos pela frente! Mas enfim, fotografia tirada vamos embora. Todos os restantes locais por onde andamos, correram lindamente, havia pessoas sim, e tivemos de esperar algumas vezes em filas para entrar em museus e andar na tão desejada roda gigante!! Mas até nestes locais, onde por duas vezes tivemos de esperar uma hora, tudo correu bem.
Ora jogava um pouco de palystation, ora se comentava o que ia acontecendo à nossa volta. Era nestas situações que nos dávamos conta do quão crescido ele está. O tempo passa demasiado rápido!!
No que diz respeito à comida, a minha vida foi um pouco mais complicada (mas isso fica para outro post). Não havia muito por onde fugir, ou era sandwich, ou era saladas e massas frias, pizza e hambúrgueres. Mas dias não são dias e ninguém morre por andar a comer fast food durante uns dias seguidos por ano. No final do dia, contávamos sempre uns 10 a 13 km nas pernas por isso queimávamos tudo! Não se pense que os ingleses comem mal, nada disso, o custo de se comer bem é que é um pouco elevado para nós. Felizmente, há sempre fruta a vender em qualquer Tesco!! (supermercado que mais visitamos durante aqueles dias).
Mas... não houve birras? Claro que sim!! Pois o garoto é uma criança como as outras!! Mas os pais além de um mapa da cidade tiveram de levar umas boas doses de paciência, que por uma vez ou outra lá se esgotaram! Também somos normais! No final o saldo é muito positivo, e temos de arriscar outros países e cidades porque o mundo existe para ser visitado!!!"